No Esporte dos Gigantes, o destaque é o Baixinho

Realmente, até meses atrás, eu acreditava que o Isaiah Thomas era filho, parente, afilhado, sei lá, qualquer coisa do lendário armador “bad boy” do Detroit Pistons na década de 80 e 90.

Porém, assistindo à ESPN-Brasil, descobri que sua origem era outra. Seu nome foi fruto de uma aposta. Durante as finais da NBA de 1989 entre Lakers e Pistons, James Thomas, pai do Baixinho e torcedor fanático dos Lakers, apostou com um amigo – torcedor dos Pistons, que batizaria seu filho de Isiah Thomas, caso perdessem as finais.

A mãe, Tina Baldtrip, concordou com a aposta, mas com uma condição: a grafia deveria ser ”Isaiah”, tal como na Bíblia.

Assim, nascia o Baixinho (anão) Isaiah Thomas em 07/02/1989, hoje destaque no Esporte dos Gigantes.

Cursou o “High School” pela South Kent School com média de 31,2 pontos por partida. Depois, jogou três temporadas na Universidade de Washington com média de 16,9 pontos, 6 assistências e 1,3 rebotes.

Seria impossível jogar na NBA com apenas 1,75 m? Seria difícil, mas não impossível.

Foi a 60º escolha do draft de 2011, escolhido pelo Sacramento Kings. Em seu primeiro ano como profissional, foi eleito o 7º novato do ano. Em 3 temporadas nos Kings, Isaiah teve média de 15,3 pontos e 4,8 assistências.

Em 2014, partiu para o Phoenix Suns. Mesmo com muitas lesões, manteve os números das temporadas anteriores: 15,2 pontos e 3,7 assistências.

Apenas uma temporada depois, foi envolvido numa troca com o Boston Celtics, cidade na qual achou sua casa. No primeiro ano, teve 22,2 pontos e 6,2 assistências de média.

Nesta temporada, alcança médias similares ao maior jogador da franquia – Larry Bird: 29,9 pontos e 6,1 assistências.

Outro destaque e é este que nos chama mais atenção: o Baixinho é o cara do 4º quarto, anotando mais pontos do que qualquer outro jogador no momento que o jogo se decide (média de 10,1 pontos no último quarto à frente do touro Westbrook com 9,4 pontos), superando lendas como Jordan, Kobe e Shaq.

Nosso “anão” é o cara que chama a responsabilidade para decidir os jogos:

“Gosto de aproveitar esse momento do último quarto. Não é para qualquer um. São situações mais apertadas, significa mais, e o jogo está para ser decidido. Grandes jogadores aproveitam melhor esses momentos", afirmou Thomas para o portal "The Ringer"

Seus números no 4º quarto, quando comparados com suas estatísticas gerais, impressionam:

- médias gerais de 46,1% de quadra 38,4% em bolas de três. Nos 12 minutos decisivos, elas sobem para 48,4% e 43.7%, respectivamente.

Isaiah Thomas é o terror dos grandões; calou a boca daqueles que veem o Basquete como Esporte dos gigantes; hoje, é querido e respeitado na Liga, comandando os Celtics na vice-liderança da Conferência Leste.

Dia 19/02/2017, será reserva de Kyrie Irving na Seleção do Leste no All-Star Game. A pergunta que fica: Será que o Baixinho comandará os Celtics numa eventual final de Conferência contra os Cavs?

Suas palavras:

"Tudo está melhorando. Alguns acham que é só uma fase. Nunca me deram nada. Conquistei tudo. Farei de tudo para meu time continuar vencendo e a próxima coisa que quero é liderar uma equipe até o título. Parece besteira agora, mas me tornar um All-Star parecia besteira para muitos"

Que venha o duelo nos Playoffs!

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