Porzingis, o Letão Sedutor

Borny Cristiano So
27 de fev. de 2017
2 min de leitura

Imagine, caro leitor, ser a 4ª escolha do Draft da NBA em 2015, mas ser vaiado pelos torcedores do seu time presentes naquele 25 de junho no Barclays Center.

Lembre-se que foram 20 anos para uma escolha tão alta no draft, sendo a última aquela que trouxe para sua equipe #PatrickEwing.

Agora, imagine quase dois anos depois, ser um dos destaques do Jogo de Novatos e vencedor do Torneio de Habilidades do All-Star Weekend de 2017.

Vá mais longe ainda e pense em ser chamado de “#LetãoSedutor” no Brasil por um narrador maluco (#RomuloMendonca).

Será que do alto dos seus 2,20 m, Kristaps Porzingis imaginaria que seria ovacionado pelos torcedores do New York Knicks no Madison Square Garden, enquanto Carmelo Anthony vaiado?

Nascido em 02/08/1995, nosso Letão chegou à NBA com desconfianças que logo se esvaíram, demonstrando que Phill Jackson havia acertado na escolha. Hoje, mesmo com Carmelo e Rose ao seu lado, todos sabemos que o time está sendo construído ao redor da sua pessoa e jogo.

Formado na Letônia, destacou-se no clube espanhol Baloncesto Sevilla. Surpresos com a 4ª escolha dos Knicks, logo os críticos se calaram. Em sua primeira temporada, embora os Knicks não tenham se destacado na temporada regular, Porzingis teve números animadores para os nova-iorquinos: jogou os 72 jogos, com média de 28,4 minutos por jogo, 14,3 pontos por partida, 7,3 rebotes, 1,9 tocos e aproveitamento de 42,1% nos arremessos de quadra.

Na primeira metade desta temporada (2016/2017), seus números são melhores: 33,1 minutos por jogo, 18,3 pontos, 7,1 rebotes, 2 bloqueios e percentual de 44,8% nos arremessos de quadra.

No começo, houve desconfiança em decorrência do desconhecimento; mas o trabalho do Letão foi árduo e conquistar Spike Lee e companhia um desafio a ser superado.

Dentro de quadra, Porzingis tem mostrado luta e raça na defesa; no ataque tem mostrado qualidades surpreendentes para um atleta com sua altura, em especial a facilidade para criar seus próprios arremessos (sem assistências) e também a boa técnica para bolas longas e ganchos (63% de conversão neste tipo de jogada).

Assim, conquistar mentes e corações na Big Apple seria questão de tempo.

Das vaias aos aplausos.

De NY para Nova Orleans.

O Torneio de Habilidades do All-Star Weekend de 2017 mostrou que os grandões não deixam nada a desejar, coroando a conquista de Porzingis, a primeira de um atleta dos Knicks desde 2003.

Agora, é o momento de se firmar. Se ainda não for nesta, com certeza veremos Porzingis dando trabalho nos próximos “playoffs”.

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